terça-feira, 25 de maio de 2010

PONTO DE CULTURA BATUCAJÉ REALIZA SARAU POÉTICO EM HOMENAGEM A POETISA FRANCISCA JULIA

Poeta Johnny Pequeno
Público

Poeta Julio Costa


Genêsio jr,



Lara( coordenador do ponto de Cultura) e o poeta Matsuda




O Ponto de Cultura "Batucajé" realizou no último dia 22 de maio o sarau poético
denominado Sarau no Ponto, a edição do mês de Maio foi dedicado a poetisa
do movimento parnasianista, Francisca Julia da Silva Manster, nascida na cidade
de Eldorado no Vale do Ribeira. Foram declamados poemas da poetisa que teve sua
biografia destacada para todo o público. Logo após o sarau foi aberto para participação
de todos, onde os poetas convidados declamaram textos de autoria própria e de vários poetas
da literatura brasileira.
O ponto de Cultura Batucajé fica na rua Publio Ribeiro nº260 no centro de Miracatu.

sábado, 22 de maio de 2010

BATUCAJÉ CANTA CANANÉIA


Lara e Fernando

O grupo Cultural Batucajé esteve sexta-feira dia 22 de maio na cidade de Cananéia através do Projeto oficinas Culturais em parceria com a Oficina Regional "Gerson de Abreu".


A oficina aconteceu no centro comunitário de Cananéia, o Grupo Batucajé cantou a cidade de Cananéia desde o primórdio entre o meridiano lindeiro evidenciando a história de amor entre


Caniné e o degrado Bacharel, os poemas trataram de peculiaridades da velha Marataiama, do Porto dos Tupis, do fandango de viola, foi mais uma noite maravilhosa onde o público participou


e se emocionou ao som das canções do Cantador Antonio Lara que suplicava "deixe o Caiçara, tocar sua viola, deixe o caiçara dançar o fandando...enquanto o poeta Julio Costa atirava versos e contava causos evidenciando a magia da cultura caiçara.

domingo, 16 de maio de 2010

BATUCAJE SEMEIA LIRISMO NO ALTO RIBEIRA
















O grupo Batucajé do Vale esteve numa pequena turnê pelo Alto Ribeira, o grupo iniciou na sexta-feira dia 14 de maio na cidade de Iporanga na fábrica cultural,
o público jovem interagio com o grupo que contou e cantou peculiaridades do universo
do Vale do do Ribeira,a viagem iniciou com versos do poeta julio Cesar tendo de fundo na música do cantador Antonio Lara imagen de um Vale da Esperança, pautado
na sustentabilidade e na riqueza da cultura popular.O grupo Batucajé citou a importância da cidade de Iporanga no processo de formação do Vale do Ribeira, sendo integrante do ciclo do ouro no século XVII,contaminando a todos com o mistério das lendas do tempo do ouro em pó,depois o momento teve grande emoção quando o poeta Julio declamou poema do seu livro "Sortilégios e Tesouros" dedicado ao saudoso iporanguense Nilton Rosa, e o cantador Antonio Lara apresentou a música "Água Bonita"
dedicada a cidade de Iporanga, tudo isso ambientado pelo percursionista Pedrinho Batera, foi uma noite maravilhosa ás margens do fabuloso Ribeira nos braços do Arraiá de Iporangá.
No sábado depois de uma aconchegante acolhida na pousada "casa de pedra" Batucajé partiu com destino a Itaóca, às 14:30 o grupo foi recebido pelo bom público e atirou canções, poemas e causos que provocaram o povo da bela cidade de Itaóca encrustrada entre montanhas.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A MUCANA DO SOLAR

Morena surgiu na varanda
Da casa das quatro jinela
Eu quase corri foi de banda
Mais inda num sei quem é ela!

Sua image sumiu no ladrilho
Deixou-me sem eira e nem beira
Seu aroma recende um trilho
Furtivo além da cumeeira .

Meu Deus! Mas será que é visagem
As claras num vejo essa prenda
Oculta naquela paragem
Mistério que ninguém desvenda.

Mas ontem na noite estrelada
Um canto ouvi lá da alcova
Sorrindo ao ser espiada
Cantava uma lúgubre trova

Meu peito sem encheu de alegria
Convicto de tal existência
Olhava o solar todo o dia
Seu rosto era a reminiscência

Saudaí-vos que a noite é de festa
E a valsa avassala o salão
E um rosto que a mim manifesta
Na varanda lá do casarão

Me diga sua graça ó donzela
Que ao tempo eu corro a contar
Pintastes meu céu de aquarela
Encantado não sei relutar!

-Minha graça é Ana mucama
Meu destino aqui é servir
Certas noites estou feito dama
Não careces por mim intervir

Sou gente de além do mar
Sou como uma velha mobilha
Me resta só este solar
Tratam-me aqui como filha!


Morena sumiu da varanda
Da casa das quatro jinela
É de terras de lá de aruanda
Agora já sei quem é ela

Passaram-se dias e luas
A água baixou e subiu
As pedras das ruas estão nuas
Mas Ana morena sumiu!

O tempo que é dono da vida
E arruma tudo em seu lugar
Rasgando e fechando a ferida
Tateando nem dá pra notar


Outrora no encalço do dia
Jazigo eu fui visitar
O olho aberto eu não via
O que tentava mostrar

Um vento cobriu-me ao véu
A moça na foto serena
Na parede lá do Mausoléu
Era a minha Ana morena

Um raio partiu o meu peito
Um fel minha boca trancou
E nunca me dei por refeito
E um elo da vida fechou.

JULIO CESAR COSTA 2009

A PELEJA DO MENINO JESUÍNO E O VIOLERÔ CAOLHO

A PELEJA DO MININO JESUÍNO E O VIOLERÔ CAOLHO


O FANDANGO ERA NA CASA
DE GENTE DOS BASTIÃO
POR INTUITO DE UMA “PAGA”
DA LABUTA DE UM PUCHIRÃO

LOGO VEIO UM SÃO GONÇALO
EM BONITA LOUVAÇÃO
PRA MEU SANTO ENTÃO SAUDÁ-LO
LHE PEDINDO PROTEÇÃO

EM SEGUIDA VEIO O BATIDO
COM MARCA DE TODA VALIA
RODOPIAVA O VESTIDO
INTÉ MANHECÊ O DIA.

MAS CHEGÔ UM VIOLERÔ
COM AS VISTA DE UM OLHO SÓ
VEIO CHEGANDO AO TERREIRO
DE CHAPÉU E PALETÓ

SE ASSENTOU JUNTO A PORTA
FOI SACANDO A VIOLINHA
RESSUCITÔ MARCA JÁ MORTA
E INVENTÔ MODA QUE NUM TINHA

OS VIOLERÔ DA CASA
TOMARÔ POR AFRONTAÇÃO
-ANTES QUE COBRA CRIE ASA
NOS LHE ARRANCA O CORAÇÃO

E FOI FORMANDO UMA PELEJA
ALI NO MEIO DA SALÃO
AMORGOSA QUAL CARQUEJA
PRA QUEM ESTENDESSE A MÃO

MAS O VIOLERÔ CAOLHO
ERA FEITO CASCAVÉ
-BOTEM AS BARBAS DE MOLHO
NINGUÉM SABE QUE ELE É

JESUÍNO O MININO
MAIS NOVO DE BASTIÃO
CORPO PEQUENO FRANZINO
PULOU COM A VIOLA NA MÃO

FEZ UM VERSO TÃO BONITO
CALANDO TODO O SALÃO
DANDO NO VIOLERÔ UM PITO
POR NÃO PEDIR PERMISSÃO

PRÁ DENTRÁ EM CASA ALHEIA
SEM SER ANUNCIADO
-MAS SE SEU VERSO RAREIA
O NOSSO TÁ APRUMADO

O VIOLERÔ CAOLHO SENTADO
ENTÃO RESPONDEU:

- MINHAS SENHORAS E SENHORES
ACEITEM MINHAS ESCUSAS
JÁ QUE ESTOU ENTRE DOUTORES
AQUI NUM TENHO FIÚZA.

JESUÍNO RESPONDEU:

NOIS É DA QUALIDADE DE GENTE
QUE NUM ACEITA DEBOCHE
TEM SANTERO, TEM ROCEIRO,SAPATERO E PESCADÓ
MAS EM MATERIA DE VIOLA AQUI TUDO É DOUTÓ

E FORAM ASSIM PELEJANDO
ASSIM COMO QUEM QUEBRA QUEBRANTO
E A SUINDARA JÁ DIZIA QUE O DIA TAVA CHEGANDO
E O VIOLERÔ CAOLHO SEMPRE SENTADO NO MESMO CANTO

FOI QUANDO UM RAPAGOTE
FOI URINÁ NO TERREIRO
E VORTO NO MESMO TROTE
SE BENZENDO POR INTEIRO

O MININO BRADOU:

- O VIOLERÔ CAOLHO TEM UM RABO
TRANSPASSADO ENRE A PAREDE
SÓ PODE SER O DIABO
QUERENDO MATÁ A SEDE

O VIOLERÔ ENRUGOU A CARA DE BESTA FERA
FOI TOCANDO SUA VIOLA COM TAMANHA EMPOLGAÇÃO
JÁ SE AMOSTRANDO QUEM ELE ERA
FEZ VENTÁ EM TODO SALÃO

O VIOLERÔ CANTÕ

- EM VINTE CINCO DE MARÇO
SAÍ PRA ME DIVERTI
LEVEI VINTE CINCO TIRO
NUM MORRI ESTOUI AQUI!

JESUÍNO RESPONDEU

-CREM DIOS PAI TODO PODEROSO
VALHA-ME MEU BOM JESUS
VAI-TE VULTO HORROSO
EM NOME DA SANTA CRUZ

E UMA GRANDE EXPLOSÃO
IMPESTEOU A CASA INTEIRA
E NO ABAIXÁ DA FUMAÇA
SÓ ENCONTRARÔ UMA FOIA DE PARMERA.

ANSSIM AFOMOU JESUÍNO
O MAIOR DOS VIOLERÔ
DESSAS BANDA E DO PRANETA
POIS AINDA QUANDO MENINO
OUSOU DESAFIÁ O CAPETA.


JULIO CÉSAR COSTA

domingo, 2 de maio de 2010

BATUCAJÉ NA EXPO VERDE


O GRUPO CULTURAL ESTEVE NA ABERTURA DA EXPO VERDE NA CIDADE DE PARIQUERA